O julgamento dos acusados pelo assassinato do Auditor-Fiscal José Antônio Sevilha foi cancelado pela segunda vez. A decisão foi anunciada pelo juiz Cristiano Manfrin na manhã de domingo (8). O novo júri está marcado para começar no dia 5 de maio.
A justificativa para a dissolução foi o adoecimento de um dos sete jurados. Um médico foi chamado para atender o jurado e constatou que ele não tinha condições de continuar no conselho de sentença. Como os jurados não podem ser substituídos, todo o processo precisará ser refeito.
A segunda tentativa de julgamento começou na terça (3), em Maringá (PR). Decorridos cinco dias, três testemunhas já haviam prestado depoimento: a viúva do Auditor, Mariângela Sevilha, a testemunha que viu a cena pouco antes do assassinato, Suelen Campos Sales, e o ex-gerente comercial da Gemini Marcio Mola.
Desde a quinta (5), o delegado da Polícia Federal Ronaldo Carrer estava detalhando as linhas adotadas pela investigação e explicando as provas que levaram ao indiciamento dos três réus: o empresário Marcos Gottlieb (acusado de ser mandante), o ex-gerente administrativo da Gemini Moacyr Marcelo (intermediário) e o segurança Fernando Ranea (acusado de ser o executor).
Também foram indiciados como executores o policial civil Jorge Talarico, que morreu na prisão, e o segurança Wilson Rodrigues da Silva, que nunca foi localizado.
Na primeira vez em que o júri foi suspenso, em agosto do ano passado, os representantes de dois réus abandonaram o plenário, conseguindo a anulação do julgamento depois de seis dias de oitivas de testemunhas.
Histórico – Conhecido pelo combate às fraudes em importações, Sevilha era chefe da Seção de Controle Aduaneiro em Maringá e havia descoberto um esquema de subfaturamento e fraude em uma importadora de brinquedos que pertencia a Marcos Gottlieb. De acordo com a investigação da Polícia Federal, o Auditor foi assassinado com cinco tiros, em 29 de setembro de 2005, para que a investigação fosse barrada.
Fonte: Jornalismo DEN
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