No julgamento, a DS Santos foi representada pelo presidente, Auditor-Fiscal Elias Carneiro Jr. (primeiro da esq. para a dir.)
Por ampla maioria, o Júri da Comarca de Franca (SP) decidiu, no fim da tarde de quinta-feira (22), condenar o dentista Samir Moussa pelo assassinato do Auditor-Fiscal Adriano Willian de Oliveira. Moussa foi condenado a 14 anos de reclusão, sem possibilidade de recorrer em liberdade. Ele foi considerado culpado pelo crime de homicídio doloso qualificado. Foi também condenado ao pagamento de 50 salários-mínimos à família da vítima, sob o valor vigente no momento da execução, sem prejuízo de danos morais.
“Infelizmente, nossas leis são muito fracas e, como o caso concreto não cabia mais qualificadoras e agravantes, sendo-lhe imputada apenas a qualificadora de não dar chance de defesa à vítima, a pena base de 12 anos pela condenação foi aumentada apenas para 14 anos”, explicou o presidente da Delegacia Sindical de Franca, Auditor-Fiscal Luciano Augusto da Silva. “Em nome dos Auditores-Fiscais, estamos contentes com o resultado. Foi condenado por homicídio qualificado o dentista que tirou a vida do Adriano, e isso conforta a família e toda a nossa categoria”, complementou (acesse a manifestação do Auditor no vídeo abaixo).
Para o advogado que atuou como assistente de acusação, Clóvis Alberto Volpe, a justiça foi feita. “Foi uma mínima correção para um ato covarde, que ceifou a vida de uma pessoa tão querida. Conseguimos a tão legítima condenação. Que Samir possa cumprir a pena como a lei manda e, com certeza, isso será um acalanto para toda a família e todos os colegas de trabalho de Adriano”.
Durante a oitiva, houve várias menções do acusado e de testemunhas de defesa de que Adriano possuía arma de fogo e era autoridade fiscal. “Argumento utilizado insistentemente pela defesa para tentar culpar a vítima pelo ocorrido, ou como excludente de ilicitude para o réu, como se o fato de ser autoridade fiscal e possuir arma fosse algo intimidador para que o acusado cometesse o crime por legítima defesa putativa no momento da ação criminosa. Tese totalmente descabida e incompreensível. O vídeo, utilizado como prova, registrou que em quatro segundos o acusado abre a porta do motorista da camionete de Adriano e lhe desfere quatro disparos de pistola Glock 380, sem qualquer chance de defesa”, destacou Luciano.
Relembre
O crime ocorreu em 12 de março de 2022. Adriano tinha 52 anos e foi morto dentro da sua caminhonete, quando saía de um bar. De acordo com a investigação policial, o dentista já aguardava o Auditor no local, indicando premeditação. Para a família, o crime foi motivado por ciúmes.
Moussa foi preso logo após o crime e solto sete meses depois, a pedido da defesa. Em maio deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu os recursos da acusação, e o réu voltou a ser preso e aguardava o julgamento.
Fonte: Jornalismo DEN
Beneficiários do plano Premium, agilize o reembolso da sua consulta médica.
Saiba mais