No julgamento, a DS Santos foi representada pelo presidente, Renato Tavares, e pelo colaborador da diretoria, Marcelo Ianella
A segunda tentativa de julgamento de três dos cinco acusados pelo assassinato do Auditor-Fiscal José Antônio Sevilha começou às 8h30 desta terça (3), no prédio da Justica Federal do Trabalho de Maringá (PR). Auditores-Fiscais compareceram em peso ao local para expressar respeito à memória de Sevilha e demonstrar que a classe continua acompanhando os desdobramentos do caso e esperando a concretização da justiça, mesmo 15 anos depois do crime.
Estão sendo julgados o empresário do ramo de brinquedos Marcos Gottlieb, que teria sido o mandante do assassinato do Auditor-Fiscal José Antônio Sevilha, Fernando Ranea da Costa, apontado como executor, e o advogado Moacyr Macedo, que teria intermediado o contato entre os dois. Conhecido pelo combate às fraudes em importações, Sevilha era chefe da Seção de Controle Aduaneiro em Maringá e havia descoberto um esquema de subfaturamento e fraude na empresa de Gottlieb. De acordo com a investigação da Polícia Federal, para tentar parar a investigação o Auditor teria sido assassinado com cinco tiros, em 29 de setembro de 2005.
As tentativas de adiamento do julgamento por parte dos 12 advogados de defesa marcaram o primeiro dia do julgamento. Eles questionaram o número de jurados convocados e apontaram supostas nulidades. Mas as tentativas não foram aceitas pelo juiz Cristiano Manfrin. Em agosto do ano passado, os representantes de dois réus abandonaram o plenário, conseguindo a anulação do julgamento depois de seis dias de oitivas de testemunhas.
Às 15h, foi concluída a primeira fase do julgamento com o sorteio dos sete jurados, sendo três mulheres e quatro homens. Por quase três horas, apenas os advogados e o juiz ficaram no plenário cumprindo os ritos de um júri popular. Por volta do meio dia, a audiência foi aberta ao público. Mas não foram permitidas imagens da audiência.
O assistente de acusação contratado pelo Sindifisco Nacional e que também representa a viúva de Sevilha, o advogado Odel Antun, antecipou que o Ministério Público Federal vai se basear no relatório do delegado da Polícia Federal Ronaldo Carrer para pedir a condenação dos três réus. Segundo ele, foram traçadas três linhas de investigações. Duas foram logo descartadas diante das provas contra o empresário. “A defesa tenta usar linhas diversionistas. Pega as teses que foram em menos de dois meses afastadas e fica tentando requentar prova que não tem nenhum tipo de corroboração. A tese que está sendo levada ao plenário foi confirmada com todos os indícios. A estratégia da defesa é tentar fazer confusão”, afirmou.
Auditores-Fiscais vieram de todo o Brasil na expectativa de assistir à conclusão do caso, inclusive o secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto. “Esse crime não pode ficar impune por ser contra um pai de família e por ser contra um órgão de Estado”, declarou Tostes.
Fonte: Jornalismo DEN
Beneficiários do plano Premium, agilize o reembolso da sua consulta médica.
Saiba mais