As entidades que compõem o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) celebraram, com bom humor, nesta quarta (15), o “enterro“ da PEC 32/2020, a proposta de Reforma Administrativa do governo federal. O ato público, realizado em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados, teve a participação do presidente do Sindifisco Nacional, Kleber Cabral, e de integrantes da Direção Nacional.
Kleber lembrou que, desde a apresentação da proposta, o Sindifisco se posicionou de forma contrária, em parceria com servidores de outras carreiras. “Temos lutado desde 2019. A PEC/32 nos assombrou durante mais de dois anos. E hoje é um dia que marca o sepultamento deste projeto que seria tão lesivo para o serviço público e para a sociedade”, declarou o presidente do Sindifisco Nacional.
“O Sindifisco é uma das entidades mais aguerridas do sindicalismo público federal e teve um papel decisivo nesse enfrentamento da PEC 32, lutando para que pudéssemos estar aqui celebrando a nossa vitória”, afirmou o presidente do Fonacate, Rudinei Marques.
Os diretores de Assuntos Parlamentares do Sindifisco, George Alex Lima de Souza e Marcos Assunção, também participaram do ato público. “Foi um período de muita pressão e de ataques ao servidor e ao serviço público. Hoje nós conseguimos enterrar uma iniciativa que tornaria o serviço público mais precário e sujeito a ingerências políticas”, comemorou George.
Para Marcos Assunção, o sentimento, no momento, é de vitória, mas o Congresso Nacional deve permanecer sob olhares atentos dos servidores e, em particular, dos Auditores-Fiscais da Receita Federal. “Em que pese o enterro simbólico, os servidores públicos devem continuar acompanhando o trabalho dos parlamentares, para atuar prontamente diante de eventuais movimentações como a da PEC 32”, alertou Marcos.
O presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, deputado Professor Israel (PV-DF), esteve presente no evento. Na ocasião, ele asseverou que a atuação do Sindifisco Nacional foi fundamental para qualificar o debate acerca da PEC 32. “Nós estávamos do lado da razão, mas era preciso explicar isso para a sociedade brasileira. Se a gente permitisse que isso aqui fosse uma briga de torcidas, a sociedade brasileira nunca entenderia o tanto que a PEC 32 era prejudicial”, avaliou o deputado.
O “cortejo”
A celebração do “enterro” da PEC 32 foi inspirada em uma cerimônia tradicional realizada em algumas regiões do continente africano. Recentemente, em Gana, o ritual ganhou uma versão bastante peculiar. Dançarinos vestidos com paletós, luvas brancas e óculos escuros acrescentaram uma ousada coreografia ao cortejo. Durante a pandemia, um vídeo da celebração foi editado com uma música eletrônica. Tornou-se o “meme do caixão”, popularizado no mundo inteiro, e reproduzido com fidelidade, nesta quarta, por servidores públicos caracterizados como os dançarinos ganeses.
Fonte: Jornalismo DEN
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