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Combate à sonegação em esfera global está a cargo de Auditora da Receita

Uma Auditora-Fiscal assumiu a chefia do secretariado do Fórum Global Sobre Transparência e Troca de Informações para Fins Fiscais, que tem 158 países-membros e quer desmontar de vez o que resta de paraísos fiscais e sigilo bancário. Zayda Manatta trabalhou na Receita Federal entre 1990 e 2015 e chegou a ser secretária-adjunta e superintendente da 5ª Região Fiscal. Em 2015 foi para o Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, onde trabalhou na função de economista-sênior por quatro anos até chegar ao novo posto.

Em reportagem divulgada pelo jornal O Globo, Zayda é chamada de “xerife global no combate a sonegadores de impostos”. A ela cabe a função de efetivar a troca automática de informações de contas financeiras entre os fiscos, visando o combate à evasão e fraude fiscal e pode ganhar ainda mais peso já que a troca de informações como ferramenta de combate à corrupção e a lavagem de dinheiro vem sendo defendida por diversos países, entre eles o Brasil.

Estima-se que a perda de receita fiscal globalmente, apenas com a sonegação de pessoas físicas, chegaria a US$ 200 bilhões por ano. Nesse contexto, Zayda fez elogios ao trabalho feito pela Receita na repatriação de recursos.

“O Brasil é um dos países que tiveram mais sucesso com programas de repatriação, aparentemente porque os contribuintes irregulares se deram conta dos riscos que corriam”, destacou na reportagem.

Mesmo fora da Receita, a Auditora tem acompanhado as tentativas de cerceamento da atuação da classe e falou na reportagem sobre o compartilhamento de informações Sigilosas e a decisão do Supremo Tribunal Federal de manter a comunicação entre órgãos como Receita Federal, Unidade de Inteligência Financeira (UIF), antigo Coaf, e Ministério Público.

Como integrante de uma entidade que faz parte da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Auditora defende que é necessária a estabilidade nas práticas adotadas no país. “O mundo está avançando muito rapidamente em termos de transparência fiscal e o Brasil não pode ficar fora disso, ainda mais se almeja ser membro da OCDE”, afirmou, demonstrando sintonia com o que defende do Sindifisco Nacional.

Fonte: Jornalismo Sindifisco Nacional

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